Então eu li Malala!

6 de janeiro de 2016
Fonte


Então eu li Malala! Ou melhor, li sobre sua vida e luta pelos direitos das meninas de acesso à educação. A mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, se tornou uma das principais ativistas de seu país. Antes mesmo do atentado contra sua vida em outubro de 2012, ela já era conhecida como a "menina que ousou usar sua voz" no Paquistão.

Eu Sou Malala (Seguinte, 2015) foi uma das minhas melhores leituras de dezembro do ano passado. Comprei o e-book em uma promoção (7 reais, apenas) e claro que já havia ouvido falar de Malala. Apenas não sabia que seria tão tocada profundamente com sua história e o que ela fez por tantas pessoas em seu país, e agora, no mundo.

Existem vários livros que falam sobre a Malala e retratam sua história. Conversando com a responsável pelo Marketing da Editora Seguinte (Oi, Diana <3), perguntei qual era a principal diferença dessa versão da editora para as demais. A resposta que tive vocês conferem a seguir:

"Para cada uma das autobiografias a Malala sentou com uma jornalista diferente, porque queria focar as histórias em públicos diferentes. Então na nossa edição, ela contou sua história focando no que queria contar pra outras pessoas da mesma idade dela. Essa é a diferença, não é versão resumida nem nada :)"

Achei linda demais essa versão, que foi realizada em parceria com a jornalista Patricia McCormick. Malala nos conta sua história de coragem e esperança com muita simplicidade. Com pais mais compreensivos e "abertos" do que a maioria em seu país (diria que o pai, principalmente, é um ponto bem fora da curva para a tradição paquistanesa), a menina cresceu com um forte desejo: ter acesso à educação através da escola. Quando esse direito é ameaçado, Malala se torna uma voz da sua geração, do seu país e principalmente, de meninas que anseiam pelo aprendizado!


Malala sofreu um atentado retornando para casa em um ônibus. Antes mesmo disso, seu pai, também um ativista, e dono de um escola onde permitia que meninas também estudassem, já havia sofrido ameaças abertamente do Talibã. Mesmo o terrorismo não parou Malala e seu pai, culminando em uma bala na cabeça da menina, que possuía poucas chances de sobreviver.

Simplesmente emocionante! Acho que a experiência de leitura, para mim, foi ainda mais forte pois na época estávamos sendo bombardeados com as notícias absurdas de violência contra os alunos que ocupavam escolas de SP, protestando contra reorganização educacional proposta pelo governo do estado. Muitos podem achar exagerada a comparação, mas o que  tinha de diferente entre os alunos de SP e Malala? Não querem todos apenas o direito de estudar? O que difere esse governo daqueles terroristas do Talibã? Qual era a necessidade de tamanha violência com os alunos (e em alguns casos, familiares) que estavam ali, em um país onde temos liberdade de protestar? Sinceramente, no pé que as coisas estavam, pra mim não havia diferença quando homens querem podar sonhos e direitos.

Bom, o governador recuou e Malala está mais viva do nunca! São pequenos grandes passos para esperarmos e ansiarmos por dias melhores! Sempre!

Curiosidade: o documentário Malala, dirigido por Davis Guggenheim, foi baseado nessa versão da Editora Seguinte. 








Título: Eu Sou Malala
Título Original: I AM MALALA - HOW ONE GIRL STOOD UP FOR EDUCATION AND CHANGED THE WORLD
Autor: Malala e Patricia McCormick
Páginas:200
Tradutor:Alexandra Esteche
Data de Publicação: 2015
Editora: Seguinte
Idioma: Português
Gênero: Biografia
ISBN: 9788565765886




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2 comentários :

  1. oi Lygia, tudo bem?
    Eu ainda não li o livro dela em si, mas estudei muito sobre ela na faculdade sobre relações de gênero, lutas estudantis e etc e me admirei com a coragem e a força de uma jovem que luta não só pelo seu direito, mas pelos direitos de todas as mulheres de seu país, uma revolucionária para um regime tão ditatorial, admiro-a!

    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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  2. Oi amiga

    então, essa eu não li...eu li aquela primeira da Editora Paralela e confesso que amei..publiquei resenha , não lembro se vc leu...eu tenho um amigo paquistanês e uma vez conversei com ele sobre a Malala achando que estaríamos " todos do mesmo lado" já que sua história de luta por um direito tão básico é linda, certo? Me surpreendeu ouvir dele que para parte do povo ela ter abandonado o país é uma traição...que ela poderia ter ido morar em outra cidade ( nem todas tem o Talibã)...enfim , amo biografias e essa versão ainda não li.

    Beijos

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