[Resenha] A Filha do Apanhador de Demônios - Jana Oliver

26 de fevereiro de 2013
Título: A Filha do Apanhador de Demônios
Autor: Jana Oliver
Editora: Farol Literário
Páginas: 368
Ano: 2012
Mais informações: Skoob

Sinopse: Riley Blackthorne tem apenas dezessete anos e é a única filha de Paul Blackthorne, um lendário caçador de demônios. Ela sempre sonhou em seguir os passos do pai e, em tempos de crise econômica, e de Lúcifer infestando as grandes cidades com novos demônios, a Associação de Caçadores de Atlanta está aceitando toda ajuda possível, mesmo que seja de uma garota. Sua vida caminha normalmente, na medida do possível para uma adolescente caçadora de demônios, até que um demônio de Nível Cinco trava uma batalha com Riley na biblioteca. Como se isso já não fosse ruim o bastante, sua vida ainda é abalada por uma terrível tragédia, colocando em risco todas as suas escolhas e levando Riley para um perigoso caminho. Com o mundo desabando ao seu redor, a quem ela poderá confiar sua vida? E o seu coração?




Está aí um livro que me interessou muito depois da indicação da Maeva lá no Um Livro por Dia, pois a protagonista pareceu ser bem badass, igual à Dru de Strange Angels. Apesar dessa informação ter se confirmado, e apesar da ótima construção de personagens, a autora não soube aproveitar bem o plot que tinha em mãos. Ou pelo menos, deveria reduzir o livro em pelo menos 100 páginas. E é isso que acontece em 'A Filha do Apanhador de Demônios'.

Riley está treinando com seu pai, Paul Blackthorne, o famoso caçador de demônios, para um dia ter a sua própria licença de caça. Por enquanto, ela é apenas uma aprendiz. Além dela, Paul treina/caça junto com Beck, um garoto por quem ela teve uma queda há alguns anos antes. Agora, tudo que restou entre eles foi uma relação de 'alfinetadas' e troca de 'elogios' (só que não, rsrs). A Associação de Caçadores, que responde à Igreja e entrega os demônios caçados à ela, não aceita bem o fato de ter uma garota no meio deles, mesmo que ainda aprendiz. Entre os mestres há Harper, um personagem particularmente grosso e cheio de 'picuinhas' com o pai de Riley, fato que faz ele ser mais contra ainda à presença dele entre eles.

Em uma caçada mal sucedida com um demônio nível 3 e um nível 5 (os demônios são classificados por nível), Paul acaba não sobrevivendo e Beck sai bastante machucado. Riley agora está por si só, já que sua mãe morreu anos antes e terá que arrumar um novo mestre. Além disso, até a próxima lua cheia ela deverá tomar conta do cadáver do seu pai, que pode ser acordado por necromantes para utilização desse corpo por até 1 ano. Só que muitas pessoas parecem particularmente interessadas no corpo do seu pai, e a menina também busca fazer vingança com suas próprias mãos buscando demônios por si só (o que vai deixar Beck doido). Como se não bastasse essa chuva de acontecimentos, ainda resta suas aulas nortunas normais com Peter, seu melhor amigo e o aprendiz de Harper, Simon, por quem Riley está apaixonadinha (e parece que é recíproco).

Parando pra ler essa resenha, pode-se pensar "Mas poxa, tem bastante acontecimento no livro". Em tese, sim, mas a narrativa foi mega arrastada. Riley é aquela protagonista ferrada, na falta de um termo melhor. Ela toma algumas decisões idiotas (pra variar) e às vezes não enxerga o que está debaixo do próprio nariz. Além disso, demorei 1 semana para finalizar o livro, o que não é um bom sinal, afinal o livro nem tem 400 páginas. Somente nos capítulos finais, temos alguma ação e naquele estilo corrido, sem nenhum tipo de indício de resolução dos problemas e mistérios levantados, para justificar o volume 2 da história (que acredito ser mais uma trilogia).

O livro não me empolgou. Apesar dos personagens serem marcantes e bons (como Beck e Simon), não foi o suficiente para sustentar a história que acabou ficando 'morna', quando tinha tanto potencial. Gostaria de destacar a péssima revisão da Farol, com letras faltando, o nome da protagonista errado no livro (Rileu, no lugar de Riley), entre vários outros erros. O exemplar custa 39,90 nas livrarias e nem orelha possui. Sem contar que o mais incômodo foi as expressões que o tradutor tentou "abrasileirar". Coisas como "300 pilas", foram ridículas de encontrar na leitura. Talvez coisas do tipo tenham contribuído para a experiência ruim com a narrativa da Jana Oliver. Fechando o pacote, a sinopse também não ajuda a despertar interesse no leitor. Como eu disse, uma pena, realmente!
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7 comentários :

  1. Ai, Ly. Eu já tenho pé atrás com sobrenatural e, quando eu vejo alguém que adora achando o livro de morno pra mal aproveitado é ai que passo longe hehe!
    Apesar da sua experiência ser pessoal e de que outras pessoas possam ter gostado, essa parte da revisão não tem como ser contrariada e é bem desanimadora.
    Eu passo!
    Beijão!

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  2. nunca ouvi falar neste livro, e também não li Strange Angels então não sei muito bem do que se trata :P
    credo, apesar da história ter me interessado eu não pagaria este absurdo pelo livro!!!

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  3. Eu estou cansada desses enredos. Acho que para ler alguma coisa no estilo...só se for MUITO BOM mesmo. O Sobrenatural está sendo banalizado.
    Outro ponto que tem me deixado muitoooo entediada com essas histórias é esse lance das personagens serem todas adolescentes demais...15, 16, 17 anos...pq não 19, 20, 21??? E pq todas, ou quase todas são órfãos? Confesso que isso me cansou também.
    Não sei se é uma fase minha, mas estou querendo uma leitura mais adulta. Enfim, não creio que eu vá ler esse livro.

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  4. Uma premissa tão boa, pena que não agradou, e concordo com o comentário acima, está chato já só personagens adolescentes!
    Gostei do blog e estou seguindo!

    Me visita também: Estandybooks.blogspot.com.br

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  5. Poxa Lygia, que pena que não gostou. Ainda não peguei pra ler, então não sei o que esperar. Assim, pela sinopse eu gostei, achei interessante, mas o que conta é o que tem dentro do livro rs
    O que é chato mesmo é essa falta de orelha, fica parecendo versão econômica, mas vamos ver, estou ansiosa pela leitura!

    Bjs,
    Kel
    www.itcultura.com.br

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  6. Que pena que a narrativa foi arrastada! Enquanto lia sua resenha me lembrei bem do seriado Supernatural e tinha mesmo me interessado, mas por causa desta característica, acho que vou passar.
    Beijos.

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  7. Que pena que não gostou tanto do livro! E esse problemas de tradução/edição realmente desanimam.

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